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sábado, 27 de setembro de 2014

Refletindo a luz de Cristo em um mundo de trevas





"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e da luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (Mateus 5.14-16)

A luz se impõe em qualquer lugar, pode ser vista a distância, orienta os navios e também aviões, em uma concisa definição técnica o termo luz significa: "radiação eletromagnética a qual a visão reage", mas o seu sentido aqui é mais lato, amplo, por exemplo, ela é sinônima de esclarecimento ou orientação (veja Salmos 119.105), e segundo o texto em foco, a luz ilustra entre outras coisas a influencia do Evangelho e o testemunho da Igreja no mundo.

A LUZ DE CRISTO DISSIPA TODA TREVA E ILUMINA O CAMINHO PARA O CÉU

1- A IGREJA REFLETE A LUZ DE CRISTO.

Jesus compara os seus discípulos ao sal e a luz, dois elementos muito necessários na vida das pessoas. Como sal verdadeiro temperamos os nossos relacionamentos com um caráter ilibado, semelhante ao de Cristo e como luz atraímos os perdidos para Deus, praticando os valores do cristianismo, como: a retidão, o amor fraterno, as boas obras etc. (veja João 13.35). Discernimos o sal pelo contato e a luz pela simples visão. Neste sentido, alguns precisam ver para crer (v. 16).

A igreja não tem luz própria, mas o sangue de Cristo a torna tão alva a ponto de permitir que reflita a luminosidade que vem de Cristo (veja João 8.12). As Escrituras apresentam ou prefiguram Cristo como "... o sol da justiça" (Malaquias 4.2), a resplandecente estrela da manhã (Apocalipse 22.16). a "... coluna de fogo" no deserto (Êxodo 13.21) nosso verdadeiro guia e o centro de todo universo em torno do qual todos nós gravitamos (João 8.12; Tiago 1.17).
João declara que "Deus é luz, e não há nele treva nenhuma" (João 1.15), em outras palavras, Ele é absolutamente perfeito. Uma porção desse padrão de perfeição moral e ético também passa a fazer parte de nossa vida no exato momento em que nos convertemos a Cristo pela fé: "Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz" (João 12.36). Neste caso, ter luz significa estar na direção certa, estar bem orientado, pois as trevas são sinônimo de pecado, ignorância da verdade e coisas semelhantes (veja João 12.46).
A comparação de Jesus é forte ("vós sois a luz do mundo") e faz referencia ao nosso exemplo de vida. Segundo Ele, esse excelente padrão de vida deve ser colocado a mostra (v. 15 "não debaixo do alqueire"), pois a luz se opõe as trevas (pecado, vida desregrada). Dessa forma, nosso testemunho deve influenciar positivamente os descrentes a ponto de motivá-los a vir a Cristo. Esta é a maneira de "iluminarmos" o caminho da vida, para quem está perdido neste mundo de trevas.

2- O BRILHO DE CRISTO NO CRENTE ATRAI OS PERDIDOS PARA DEUS.

Do mesmo modo que Moisés apresentava em seu rosto uma glória ou brilho inconsciente, a qual refulgia sobre todos, assim são os verdadeiros cristãos com seu irrepreensível testemunho de vida. Nossas ações falam ou aparecem mais que nossas palavras. Moisés conduzia o povo pelo deserto em direção a terra prometida porque a luz de Deus estava sobre ele, por isso ele sabia por onde ia e onde queria chegar (veja Êxodo 34.29).
O pecador sente-se atraído para nós em razão da diferença interior (caráter) e nunca da exterior (costumes). Pedro fala disso as mulheres cristãs que desejam ganhar seus maridos não convertidos, veja: "...seja ganho, sem palavra alguma, por meio do espírito manso e tranquilo" (1 Pedro 3.1,2,4). Quando existe, essa diferença se destaca, brilha, chama a atenção!

3- A MISSÃO DA IGREJA EM UM MUNDO PERDIDO

A igreja não é o caminho para o céu, mas a seta. Alguém já disse, o crente é como um mendigo que fala para outro mendigo onde tem pão (veja Lucas 11.5-8). Não somos a luz, mas testificamos da nossa experiencia com a verdadeira luz (João 1.8-9), que nos tirou do "...império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1.13). Em Cristo, Deus se torna nosso "Pai das luzes" e "Pai espiritual" (Tiago 1.17; Hebreus 12.9).
A missão da igreja em relação ao mundo é basicamente duas: Primeiro, devemos ser "testemunhas" de Cristo (Atos 1.8), ou seja, testificar aos não-salvos que Cristo é o caminho, a verdade e a vida (veja João 14.6). O testemunho também inclui nossa mudança de vida, veja um exemplo: "Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti" (Marcos 5.19). Nosso dever é apresentar Cristo aos outros (2 Coríntios 5.18), contar-lhes sobre como obter a vida eterna (Atos 4.12).
A segunda parte de nossa missão está contida na expressão: "... vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (v. 16). Está em vista obras de caridade ou misericórdia. Tem a ver com nosso amor ao próximo, que deve ser convertido em atos de generosidade, compaixão e ou de serviço amoroso desinteressado. As necessidades básicas de uma pessoa são: amor, ensino, saúde, alimentos, roupas etc. (veja Mateus 25.34-40). Seguimos o exemplo de Cristo (João 20.21; 1 Pedro 2.11-12) se buscarmos atender as carências dos nossos semelhantes.

CONCLUSÃO

Obtemos o brilho ou a luz e Cristo sobre nós por meio da experiência regeneradora que tivemos com Ele no dia de nossa conversão, e conservamos e intensificamos esse fulgor glorioso de Deus nos santificando, sendo controlados pelo Espírito Santo, estando bem juntinho de Cristo, como Moisés que estava junto de Deus no monte Horebe (veja Êxodo 34.29-35). Devemos ser uma coluna de metal polido para refletirmos a verdade e a retidão de Cristo diante de um mundo tão carente da luz de Deus.

2 comentários:

  1. Abração aí irmão! O crente é como um mendigo que fala para outro mendigo onde tem pão... gostei valeu....

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